Kamen Rider Black

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Olá galera, eu sou Felipe Cipriano e hoje eu vou ensinar aos jogadores de Dota como fazer um Triple Kill de Luna aos 2 mins de jogo o.O
Brincadeira ^^

Na semana passada eu falei sobre Tokusatsus, os Live Action japoneses, e mantendo essa linha, hoje farei uma resenha de um dos Toku’s que mais fizeram sucesso aqui no Brasil: Kamen Rider Black.

Criado no ano de 1987 por Shotaro Ishinomori, o criador do gênero Kamen Rider e Super Sentai, Kamen Rider Black veio ao Brasil atendendo por um nome diferente, sendo conhecido como Black Kamen Rider ou mais tarde como Blackman, nome esse que também foi adotado pela linha de brinquedos lançados. O nome Blackman foi adotado por ser menor que o nome original, sendo assim mais fácil de utilizar.
A série foi exibida pela extinta Rede Manchete, no ano de 1991, sendo uma grande novidade, já que apesar de alguns outros Toku’s já terem sido exibidos por aqui, nenhum deles era do gênero Kamen Rider, gênero esse que já perdurava desde o ano de 1969 quando foi criado o primeiro Kamen Rider.
A série também inovou pelo seu estilo, sendo um pouco mais forte e sombria que os Toku’s que estávamos acostumados a assistir.
Kamen Rider Black, trata da história de Kotaro Minami (aqui no Brasil, a dublagem mudou seu nome para Issamu Minami), um garoto que já nasce envolto em desgraças.

Havia uma antiga e poderosa organização formada por monstros que desejavam invadir e tomar posse da Terra, essa organização atendia pelo nome de Gorugomu (no Brasil foram chamados de Gorgom). Essa organização possuía um líder supremo que era renovado à cada 50.000 anos e esse prazo já estava chegando ao fim, os Gorugomu teriam que escolher um ser para ocupar o lugar de líder supremo.
Havia uma profecia entre os Gorugomu, que duas crianças nasceriam em meio a um eclipse, no mesmo dia e na mesma hora, e que essas crianças seriam as criaturas perfeitas para se tornarem o novo Imperador dos Gorugomu.
Essas duas crianças eram de famílias amigas, e foram criados como se fossem irmãos, mas os Gorugomu os queriam, e por meio de suborno tentaram fazer com que os pais das crianças entrassem para a organização e as entregassem quando completassem 19 anos para passarem por uma transformação e se tornarem os novos imperadores.
Uma dessas crianças era Kotaro (Issamu) e a outra se chamava Nobuiko.
O pai de Kotaro foi contra a idéia, e se negou a aceitar o suborno dos Gorugomu, então foi assassinado pelos mesmos, fazendo com que parecesse que tivesse sofrido um acidente. Com seu pai e mãe mortos, Kotaro que tinha apenas 3 anos e havia ficado órfão, acaba por ser adotado e criado pelo pai de Nobuiko, o Dr Akizuki, que vendo o que aconteceu a seu amigo, acaba cedendo e aceitando a oferta dos Gorugomu para preservar sua vida e de sua família.
Ao completarem 19 anos, como prometido, o Dr Akizuki entrega seus dois filhos aos Sacerdotes dos Gorugomu para que sofram uma operação onde o King Stone (a Pedra do Rei) lhes seria implantada no corpo, dando-lhes poderes magníficos e os transformando em mutantes para que assim pudessem se tornar os Imperadores, porém quando a operação estava quase concluída, um dos Sacerdotes menciona que a única coisa que faltava era apagar as memórias dos jovens garotos, para que não tivessem nenhuma lembrança de sua vida como humanos. Ao ouvir isso, o Dr Akizuki se arrepende do que fez, e se lança contra os sacerdotes para tentar salvar seus filhos, porém, consegue libertar apenas Kotaro (Issamu) que usa todas as suas forças para fugir do cativeiro onde era mantido preso.
Em meio a sua fuga, Kotaro dá a grande sorte de encontrar Battle Hopper, uma moto mutante inteligente, que foi criada pelos Gorugomu para servir ao Imperador, logo Battle Hopper reconhece Kotaro como um Imperador, e o mesmo a utiliza para conseguir fugir.
Mais tarde, Kotaro se encontra com seu pai adotivo, que conta toda a verdadeira história do que havia acontecido, e acaba sendo assassinado pelos Gorugomu bem na frente de Kotaro, que não pode fazer nada para salvá-lo.
Naquele momento, Kotaro que já não era mais um humano normal, jura utilizar seus recém adquiridos poderes para lutar contra os Gorugomu e salvar seu irmão adotivo Nobuiko que havia sido mantido preso e era um dos poucos membros de sua família que restava, porém Nobuiko não teve a mesma sorte que Kotaro, e teve sua memória apagada em meio a operação.

Como já havia citado, Kamen Rider Black é uma série bem sombria, que mostra um personagem principal amargurado pela morte de toda a sua família, e se vê obrigado a lutar sozinho contra toda uma organização poderosíssima, que matou quase todos os que ele amava, e ainda por cima o faz lutar contra seu irmão Nobuiko, já que esse teve sua memória apagada na operação e não mantém mais seus sentimentos humanos.
Apesar de ser uma história de fantasia, Kamen Rider Black mostra as coisas de uma maneira bem realista, afinal, não é possível confrontar uma organização do nível dos Gorugomu e não sofrer nenhuma perda. Ao mesmo tempo que Kotaro causa muitos problemas para os Gorugomu, eles também causam-lhe perdas e cicatrizes que com certeza nunca esquecerá, fora o fato de não ser mais um humano. Tudo isso trás um brilhantismo muito legal à série, coisa que na minha opinião, a gente só vê mesmo no mundo dos Riders.
À medida que vai lutando contra os monstros de Gorugomu, Kotaro acaba desenvolvendo seus poderes e se tornando cada vez mais forte, e também consegue o apoio de certos amigos que adquire no desenrolar da série, fazendo um papel importante para que Kotaro não deixe de acreditar no companheirismo e na amizade.

Quanto aos aspectos técnicos, a série não é de se jogar fora, muito pelo contrário, é bem interessante, apesar de oscilar bastante em certos momentos.
Os efeitos especiais são até que bem feitos dentro do contesto da época (não se esqueça que foram feitos na década de 80), apesar de na minha opinião, utilizarem exageradamente o efeito vai-e-vem, que se constitui em gravar uma imagem e depois “voltar a fita”. Os efeitos utilizados nos 2 primeiros episódios, são muito caprichados, o que realmente prende o público na situação, infelizmente, em alguns momentos da série ficamos com um sentimento de que eles acabaram relaxando e fazendo um trabalho com bem menos dedicação e capricho do que haviam feito nos 2 primeiros episódios, mas isso não é presente em toda a série, no geral os episódios são bem interessantes de se assistir mantendo uma gama de efeitos que eram até bem legais, diferente de outras séries como Cybercops por exemplo, que apesar do roteiro interessante, possuía os efeitos especiais totalmente bizarros e mal feitos, mesmo para a época em que foi produzido.

Outro ponto positivo nesta série, são as fantasias dos personagens. Os monstros não eram feitos em computação gráfica como tem sido feitos em boa parte dos Kamen Riders atuais, eram todos humanos vestindo fantasias muito bem construídas, vide por exemplo a fantasia do Monstro Mutante Lagarto.
A dedicação utilizada nas fantasias era algo evidente, elas eram pegajosas quando tinham que ser, ou escamosas, tudo atendendo a sua devida necessidade, fora que a aparência dos monstros ficou com um aspecto muito legal, a maquiagem usada no Sacerdote Danker por exemplo, era maravilhosa . Se os responsáveis pelas fantasias desta série fizessem parte de uma escola de samba, era vitória garantida xD
Os vilões principais da série são outro show, os Sacerdotes Gorugomu são muito sérios e sombrios, sempre cooperando entre si por um motivo maior, tinham uma personalidade muito bem trabalhada e faziam mesmo com que simpatizássemos ou nos identificássemos com eles, tinham vozes graves e computadorizadas, e seus planos eram bem sutis, usando sempre os humanos como base para acabar com eles mesmos.
Taurus, o Espadachim, também era um bom vilão, apesar de seu visual meio estranho era um personagem bem altivo e de nariz empinado, sendo sempre muito convencido de seu poder e nos dando belas cenas de ação contra o Black.
Mas entre todos, de forma alguma poderíamos deixar de citar aquele que em minha opinião não deixa a dever nada para NENHUM vilão que tenha sido criado em todos os tempos: Shadow Moon, a transformação de Nobuiko.
Shadow Moon era frio ao extremo, tendo realmente deixado de lado tudo de humano que havia nele, maldade era o que não lhe faltava, além de ser extremamente poderoso e carismático, até hoje não conheci ninguém que tenha assistido a série e não tenha se tornado fã dele. Sua armadura era feita de metal e não de borracha como a do Black, o que lhe dava uma aparência muito mais imponente e ameaçadora, lembro-me que sempre que ouvíamos o “TEC TEC TEC” que ele fazia ao andar, já ficávamos ansiosos por mais uma de suas aparições.
Com a aparição de Shadow Moon, muitos dos espectadores deixaram de torcer pela vitória do Black, e passaram a torcer pelos Gorugomu.
O Black se tornou de longe um dos Riders mais amados, mas não chegou a ter o grande nível de aceitação que Shadow Moon teve, se tornando o mais amado dos vilões da franquia dos Riders.

Uma curiosidade é que Tetsuo Kurata, o ator que viveu o Black, também canta a abertura da série, com sua voz forte e imponente, Tetsuo fez um bom trabalho, tornando essa uma ótima abertura de Toku.
A escolha de Tetsuo como Black, foi genial, o cara tem pinta de herói, nasceu pra fazer isso, e na opinião de muitos (minha inclusive), é um dos maiores atores de Toku existentes, o cara se tornou um mito xD

A fama que o Black fez por aqui foi enorme, tanto que ao ser exibido o episódio 36 “O Retorno dos Sacerdotes”, pela primeira vez na história, a Rede Manchete conseguiu ultrapassar a Globo em audiência, tomando o primeiro lugar absoluto.
Apesar de todo esse sucesso, o último episódio da série nunca foi exibido, quem quiser asistí-lo tem que baixar na net ^^
Aconselho a quem quiser assistir a essa ótima série que de forma alguma assista o dublado, pois tem uma das piores (se não a pior) dublagem que eu já vi.
É realmente um horror, em vários momentos, personagens iniciam suas falas em japonês e terminam em português, várias frases são cortadas, com os personagens mexendo a boca, mas não saindo nenhum som, fora que quase todas as crianças da série são dubladas pela mesma pessoa, dando uma péssima impressão de “esse é o mesmo garoto do episódio passado ?”, além de trocarem vários nomes, como por exemplo a moto mutante de Kamen Rider que se chamava Battle Hopper, e passou a ser chamada de Petro Hopper (WTF ?), ou as técnicas do Black que tiveram seu nome mudado de “Rider Punch” para “Golpe Insectus” e “Rider Kick” para “Golpe Louva-Deus”, entre outras gafes impressionantes e de extremo mal gosto ¬¬
Enfim fujam muito da dublagem, é ruim D+, o legendado é muito melhor, e dá um clima muito mais verdadeiro a série.

Existe também o mangá do Black, que tem uma temática muito mais adulta e séria, porém como sempre a adaptação para a TV acaba diminuindo (e muito) esses aspectos.

Algo notável em Kamen Rider Black é o poder que o herói teve de realmente trazer esperança as crianças que o assistiam, ver um herói que se ferra de várias formas mas não deixa de lutar por seu ideal, fez com que muitas crianças acabassem aprendendo bons valores e melhorassem como pessoas.

Num conjunto geral, Kamen Rider Black, é de longe uma das melhores séries de Tokusatsu que já produziram e eu com certeza aconselho a todos que assistam (o legendado é claro ^^).
Muito obrigado, e até a próxima leitores.
Texto e revisão por Felipe Cipriano.



Comentários

  1. Para dar Triplo Kill de Luna com 2 min. de jogo tu tem de ser O PLAYER de dota.... mas aki, Kamen Rider Black pra mim foi o marco do inicio do meu fanatismo por cultura Japonesa... e sim, a dublagem é porca mas nem tanto quanto a do Giban (é com G?) Batlle Hoper como Petro Hoper era pra fazer uma analogia a Petrobras... vc não percebeu? (Petro Petroleo Petrobras) to de zoa :D

    Mt bom, mt bom msm... é de longe meu Kamen Rider Favorito...

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  2. O Black também é meu preferido.

    E quanto a Battle Hopper, até hoje eu me pergunto o que eles estavam pensando em mudar pra Petro Hopper ¬¬

    Analisemos, Battle é Batalha, todos sabemos, Hopper vem de Inseto que pula, assim como gafanhoto (pelo Design da moto sabemos que ela é baseada num afanhoto), então numa tradução ficaria algo como Gafanhoto de Batalha, algo bem coerente para o que a Battle Hopper faz (ajudar nas batalhas).

    Agora, Petro Hopper, o que seria ? Gafanhoto de Petroleo ? ¬¬
    Muito bizarra a dublagem cara.

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  3. Mas se pararmos para analisar e levarmos em conta a regra dos 15 anos... até da pra relevar... afinal, quando assistimos a primeira vez, nunca paramos pra pensar nisso, só queriamos ver o Black dando tapa na cara de muleque e o Shadow Moon mandando todo mundo tirar a farda prata, dizendo que ninguem ia subir.... porque todo mundo é muleke e o baian... ops o Black era assunto dele!!!

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  4. Mais ou menos por aí ^^

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  5. Cade o Baiano ? - Abal19 de março de 2010 às 13:50

    A série na época para mim era muiiito legal, eu ficava assistindo vislumbrado, e eu não queria saber de soco, de tapa de nada, e muito menos do Shadow Moon.

    Eu só queria ver a Battle Hopper, eu era fascinado por motos. Meu sonho era ser motoqueiro, e ele tinha a moto mais Over que eu conhecia.

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  6. A Lord Sector (outra moto dele ) andava numa média de 500 Km/h.
    Ou seja, uma motoca envenenada xD

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  7. vo chamar os figurinistas da série p vir fazer as fantasias do vilão da vila, realmente eles caprichavam msm hein,rsrs, ótimo post

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  8. Pouz, outro que fez parte da minha infancia, mó legal relembrar, +_+
    Eu assistia mais a versão americana(?), sei lá qual versão era, mas a galera não tinha olho puxado não, kk
    Tinha um cesto só com esses bonecos, kk

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  9. Cultura Japonesa é infinitamente,muito mais que um enlatado japones,história,cultura dos samurais,segunda guerra mundial,Akira Kurosawa e por aí vai.

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  10. Boa matéria. Mas vou ser sincero, meu negócio é Cossacks, Pharaó, Ages, etc. Só joguei futebol umas três vezes, levando umas sacoladas...
    Bração

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  11. QUAL O SIGNIFICADO DO NOME BLACK KAMEN RIDER E O DA SUA MOTO PETRO HOPPER?

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  12. gostaria de saber onde fazer uma fantasia do black kamen rider obrigado

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