Chamem o Sindico!!!

Salve salve galera que lê e curte as postagens do Taberna Nerd, aqui é o Thiago Nakamura e O Coelhinho Bossa Nova tem Poder!

Hoje, vamos começar com uma pergunta, o que faz de um músico / artista um sucesso? Qual particularidade um artista bem sucedido deve ter? Muitos primam pela qualidade, outros buscam o carisma como forma de obter sucesso... Mas, a meu ver, antes de buscarmos a qualidade e o carisma, um artista bem sucedido deveria acreditar naquilo que expõe a seu público... O que eu quer dizer é que, se você defende nas suas letras algo “X” você DEVE, ou deveria acreditar nesse “X”, porque faz TODA a diferença... um cara que antes de pensar em ser carismático, acreditou na música de uma forma ímpar...

Tim Maia...

Torcedor doente do América futebol clube, Sebastião Rodrigues Maia foi e sem dúvida alguma é uma referência para a música brasileira... no início de sua carreira esteve com Roberto Carlos em 1957 com “Os Sputniks” e mais tarde Com Erasmo e ainda Roberto Carlos com “The Snakes”. Passada essa fase inicial de sua carreira na música, Tim partiu para a Terra do Tio Sam e viveu por lá um tempo, entrando em contato com o Soul e o Funk (o Funk verdadeiro, James Brown e compania...) sendo mais tarde deportado para o Brasil por umas loucuras cometidas lá na terra do frango frito....

Ao retornar para o Brasil, Tim lança álbum homônimo “Tim Maia” por indicação de ninguém menos que “Os Mutantes” (banda de ENORME influência na música brasileira), neste primeiro trabalho, Tim nos agracia com músicas que invadem nossas casas até hoje como “Azul da cor do mar", "Coronel Antônio Bento" (Luís Wanderley e João do Vale), "Primavera" (Cassiano) e "Eu Amo Você".

Nos três próximos anos lança “Tim Maia Volume II, III e IV, trazendo mais e mais sucessos, destacando-se fortemente "Não Quero Dinheiro (Só quero amar)", Gostava tanto de você" e "Réu confesso".

O Síndico (título concedido por ninguém menos do que Jorge Ben na música W/Brasil) nessa época usava e abusava de drogas leves, o que estava destruindo ele... então em 1973 ele entra em contato com a “Doutrina Racional” e lança em 1975 e 1976 o Tim Maia Racional Volume I e II, claramente com uma voz mais potente e tocando vários instrumentos tanto no estúdio quanto no palco... parecia que o Síndico tinha entrado no rumo... e nos agraciava ainda com belas canções...

Em 1977 Tim se desilude com a “Doutrina Racional” alegando que seu mestre não tinha um posicionamento realmente digno... e volta a sua antiga vida de abusos constantes...

Em 1978 Lança pela Warner “Tim Maia Disco Club", de 1978 com o megasucesso “Sossego”, "Descobridor dos Sete Mares" (faixa-título do LP de 1983, que também trouxe "Me Dê Motivo") e "Do Leme ao Pontal" (de "Tim Maia", 1986).

Em 1990 Tim Maia se revolta com as gravadoras e com vários donos que casas de show que muitas vezes boicotavam os artistas, deixando de pagar os cachês e várias outras atrocidades cometidas contra os artistas...

Em 1992 ele se apresentou na Expo de Macabu num domingo, onde muitos achavam que ele não viria, mas ele compareceu e fez uma bela apresentação (segundo fontes).

O Síndico surgiu em 1993 como uma homenagem de Jorge Bem Jor na canção W/Brasil, fato esse que impulsionou e muito a carreira já em declive de Tim Maia...

Em 1996 lançou dois CDs ao mesmo tempo: "Amigo do rei", juntamente com Os Cariocas, e "What a Wonderful World", com recriações de standards do Soul e do Pop norte-americanos dos anos de 1950 a 1970. Em 1997 lançou mais três CDs, perfazendo 32 discos em 28 anos de carreira. Nesse mesmo ano fez uma nova viagem aos Estados Unidos

Nessa época da vida, Tim já se encontrava com a saúde esgotada, chegava a beber três garrafas de Wiskhy por dia, fora o uso constante de drogas... E, em 1998, durante a gravação de um novo disco (gravação feita por teimosia dele, pois o mesmo não tinha condições para efetuar a tarefa...) Tim Maia é levado para o hospital por problemas com a Obesidade, diabetes e problemas respiratórios e em 15 de março de 1998 falece, levando consigo uma genialidade criacional absurda...

Um fato curioso é que embora suas canções terem sido regravadas várias e várias vezes, foi que, em 2001 o guitarrista do Guns N’Roses Robin Finck, tocou uma versão “Hard Rock” de Sossego em sua homenagem no Rock “N Rio III...

Então é isso ae galera... espero que tenham curtido, fiquem na paz e até a próxima semana.... aguardem pois novidades estão vindo por ai...

Agradecimentos especiais a Maicon Negreiros por sua participação com informações muito úteis para esta postagem... a Equipe do Taberna Nerd lhe deseja melhoras...

A todos, Paz...











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