Mangás

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Olá meus caros leitores, um feliz Natal a todos !!!

Acho que errei de data o.O

Mas sigamos em frente sem olhar pra trás xD

Na se mana passada eu falei sobre o que são os famosos “OVAs”, que muitos não conheciam seu significado.

Seguindo essa linha, hoje falarei sobre um outro formato que eu sempre cito em minhas postagens, mas pode ser que alguns não o conheçam, apesar de ser bem mais famoso do que o tratado na postagem passada.

Se você não conhece vai conhecer, e se você conhece vai saber um pouco mai sobre ele ^^

Hoje falarei sobre os tão famosos Mangás.

Mangá é o termo oriental usado para “Histórias em Quadrinhos”, que aqui no ocidente são conhecidas apenas como “HQ”.

As histórias em quadrinhos orientais possuem muitas diferenças

das que estamos acostumados a ler, sempre causando portanto uma grande surpresa naqueles que as pegam pela primeira vez.

Se você é um leitor assíduo do Homem-Aranha, ou do Wolverine, ou mesmo da Turma da Mônica, e por curiosidade acaba parando pra olhar algum mangá dentro da banca, é inevitável não achar estranho de primeira; alguns leitores acabam por deixar de lado, mas outros perseveram e seguem em frente com a leitura, e esses geralmente não se arrependem ao se deparar com a riqueza e o jeito particular das histórias orientais, uma vez que nem todas são voltadas para o público infantil, como é o caso por exemplo de “Berserk”, um excelente mangá que coleciono atualmente, e que tem uma temática mais adulta, sendo recomendado para maiores de 18 anos.

Agora sem mais delongas, vou citar algumas das diferenças técnicas entre os quadrinhos orientais e os ocidentais.

A primeira coisa que costuma chocar um novo leitor de mangás, é abrir a revista, e logo de cara ver uma página escrito “PARE, você está lendo no sentido errado”.

Isso mesmo, a leitura dos mangás é um pouco diferente, sendo que são escritos no sentido de leitura oriental que é de trás pra frente, da direita para a esquerda, pode parecer meio confuso, mas é apenas uma questão de costume, a página final dos mangás, além de conter esse aviso de “PARE”, também costuma dar exemplos em quadrinhos de como se deve ler no sentido correto, para que haja uma compreensão correta do texto.

Uma vez acostumado com o sentido de leitura invertido, fica tudo bem tranqüilo e natural, não se sente mais dificuldade, e esse fato não é algo que atrapalhe a leitura, muito pelo contrário, o fato de ser publicado de modo original, nos deixa mais familiarizados e entrosados com a cultura Japonesa.

Publicar um mangá fora desse contexto, seria algo muito ruim e sem sentido, seria como fazer um filme do Pelé e escalar um ator francês, loiro e de olhos azuis para fazer o papel do nosso rei do futebol, enfim, algo sem proveito.

Outra diferença que é bem visível é a coloração dos desenhos !

Os mangás são geralmente publicados em papel jornal, apesar de existirem exceções a essa regra, e desenhados com Nankin, uma espécie de tinta preta, e somente isso, não são pintados ou coloridos de forma alguma, a não ser pelas capas, que são feitas de maneira diferente.

Apesar de hoje me dia haverem alguns mangás que apostam em trazer um pouco mais de colorido para suas páginas, o que é o caso por exemplo de “Cavaleiros do Zodíaco – Saga G”, que trouxe algumas páginas com cores, feitas de um material muito bonito e bem desenhado por sinal (não foram desenhados pelo autor da obra), mas no geral, ainda continuam sendo publicadas somente com “preto no branco”.

Os mangás possuem vários estilos de desenho, o que varia muito de desenhista para desenhista, mas há uma base para o estilo de desenho mangá, é bem fácil inclusive de achar revistas nas bancas, ensinando a desenhar nesse estilo, além de várias matérias e mini-cursos assim na internet também, também é possível encontrar pessoas que dão aula de desenho nesse estilo.

Num geral, uma característica desse tipo de desenho, são os olhos bem grandes, em muitas ocasiões ocupando quase 50% do rosto dos personagens, como é utilizado

por exemplo em títulos como “Elfen Lied” e “Chobits”. Esses olhos grandes, são utilizados na intenção de deixar os personagens mais expressivos, o que de fato acontece, afinal, nada como nossos olhos para mostrarem o que estamos sentindo no momento, apesar disso não ser uma regra, e muitos “mangakás” (desenhistas de mangá), apostarem em outras coisas para mostrar expressividade.

Um ponto muito positivo nos mangás, é que eles tem fim o.O

Se pararmos pra pensar, é extremamente forçado os anos passarem, você ficar velho, morrer, seus netos chegarem, terem filhos, e mesmo assim o Peter Parker continuar jovem balançando suas teias entre os prédios das cidades e combatendo inimigos como um garotão ¬¬

Não me entendam mal, sou MUITO fã do nosso querido amigo “Cabeça de Teia”, e acho que o cara já meio que virou patrimônio mundial, mas a história de vida dos personagens das “HQs” ocidentais, são muito surreais, não digo isso pelo fato dos poderes especiais, mas sim pelo fato de que os caras “não morrem”, ou se morrem, logo dão um jeito de trazerem os caras de volta, como foi com o “Super Homem” e outros famosos personagens da história.

Essa maior proximidade com a realidade torna os mangás muito interessantes, uma vez que mesmo você gostando muito de um personagem, está sujeito a vê-lo morrer ou não, nas próximas páginas da revista, coisa que não acontece nos quadrinhos ocidentais, já que sabemos que o “Wolverine” simplesmente não vai morrer, ou se morrer, não tem problemas, porque logo dão um jeito dele voltar.

Bom galera, ainda há MUITA coisa pra se falar sobre os mangá, sua história, como são produzidos, os mangakás mais famosos, como surgiram, como vieram para o Brasil, enfim, muita coisa mesmo, mas para não me alongar D+, vou ficando por aqui, e semana que vem eu continuo essa postagem, trazendo mais informações sobre esse estilo de desenho e escrita.

Vlw galera, espero que tenham gostado, e não percam a continuação semana que vem.

Abração a todos.

Texto por Felipe Cipriano.